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terça-feira, 24 de janeiro de 2023

Follow the Money.

No rastro



O tema

A frase titulo deste artigo, “siga o dinheiro”, na língua inglesa, deve ter sido cunhada por um gênio. Basta seguir o rastro que o “precisous” que ele entrega a trama. Mas por que estou falando nisso.

Nos últimos dias tenho lidado com uma questão intrigante. O que está por trás de todas as questões políticas que assolam o mundo.

O vídeo

Assistindo um vídeo dos muitos que vem em nossos aparelhos celulares, me deparei com a figura de Ray Dalio. O autor do vídeo, alguém que não me lembro, o vídeo se perdeu depois que assisti, alerta para um estudo realizado por Dalio, referente a queda das potências econômicas ao longo da história, ainda não encontrei esse material. O vídeo em referência, discorre sobre o ciclo identificado nesse estudo. Segundo o narrador, Dalio, sustenta que estamos no fim do ciclo de supremacia do dólar na economia global. Para quem acompanha o mercado e a geopolítica, isso não é grande novidade.

O plano

O que me ocorreu é que os atuais problemas políticos estão interligados como o plano de expansão chinês denominado Nova Rota da Seda. As disputas políticas regionais, ocorrem exatamente onde o trajeto desse ambicioso plano está traçado. Com esta rota a China e seus parceiros estariam no comando da economia global. Olhando o mapa fica claro o isolamento dos EUA dessa nova força econômica que surge da seda. Com China no centro, comandando Asia e oriente, Alemanha na ponta norte, comandando o norte europeu e o Brasil sediando o comando sul da rota.

A “Rota da Seda” e a ordem global maoísta – Agência Boa Imprensa – ABIM

Os adversários

EUA, Canadá, Austrália e Inglaterra estariam desconectados desse cinturão e consequentemente enfraquecidos, econômica e militarmente. A nobreza do sistema financeiro internacional ficaria alijada de seus centros comerciais e da maior massa de consumidores ávidos por produtos e serviços disponíveis para as próximas décadas.

A disputa

Olhando esse cenário geopolítico fica compreensível, as batalhas travadas no território da Ucrânia. A resistência da Alemanha em afrontar a Rússia, se deve ao fato de que, através dos gasodutos vindos pelo mar do norte, ela se tronará o parceiro fundamental do gigante do leste, e o principal fornecedor de energia do miolo continental europeu. A batalha pelo território Ucraniano, se deve pela luta dos EUA de impedir a construção de infraestrutura na região que permita o comércio terrestre como o oriente extremo. Com esta ligação a dependência de Europa passaria para o conjunto econômico da Gran EurÁsia, num bloco interno e coeso do oriente.

A moeda

Como um apêndice econômico o Brasil e América Latina, se tornam apenas uma fonte de recursos distante, mas necessário. A fragmentação política da região é fundamental para a batalha a ser travada pelo território. Governos fracos ficam sujeitos ao poderio de potencias exteriores. Tanto o bloco comandado por EUA e Inglaterra, como a tríade Alemanha/China/Rússia precisam neste momento de governos submissos aos seus interesses. A batalha travada na política brasileira é o divisor de águas dessa disputa. A presença de um grupo independente no comando do Brasil, foi severamente combatida pelos dois lados, pois a soberania, seria a quebra da estrutura montada pelos dois blocos. O que nos resta é saber como será a contenda entre estes dois cães famintos. Haveria um “abutre” à espreita de uma distração nessa guerra? Eis a nova pergunta a ser respondida. Há uma terceira força se acomodando nos bastidores? Vamos procurar.

 

 

quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

Onde se esconde a verdade.




Em um mundo tão conturbado, compreender o estágio em que estamos tem sido meu desafio.

Para todo lado que olhamos, encontramos desordem e bagunça, seja na política, na economia, nos relacionamentos ou no convívio. Traçar uma linha, que delimite o raciocínio, requer um desprendimento de energia descomunal. Compreendemos bem pouco os motivos que levam as pessoas a agirem e reagirem no ambiente em que se encontram.

 A eclosão de conflitos que ocorreu no ano de 2020, poder ser tomada como o marco zero desta nova era humana. As guerras migraram para o mundo das redes sociais. Já não são mais soldados trajando pesados equipamentos, que caminham em trincheiras lamacentas repletas de corpos abandonados.

Como no filme “Substitutos”, protagonizado por Bruce Willis em 2009, são covardes entrincheirados em seus quartos escuros, repletos de posters revoltosos, saboreando litros de refrigerantes, acompanhados de guloseimas mil.

Neste cenário de impacto caótico, surge uma nova realidade. Ela se desenha por entre os sinais de deterioração. Políticos, empresários e outros líderes corruptos, mentem descaradamente sobre fatos, dados e acontecimentos. “Narradores de fatos” distorcem a verdade segundo interesses viz. Imagens são construídas para impactar profundamente, os que não se dedicam a uma observação mais profunda dos acontecimentos.

A verdade

Lidar com a verdade é desgastante e requer estomago do observador. Para muitos, ficar alheio a tudo é o mais apropriado. Quando o escândalo bate a nossa porta, ele nos traz o asco pela imagem imediata, nos enchemos de revolta e repulsa, mas, passado o memento inicial, nossa razão teima em buscar um sentido maior a nossa reação, que pode ser de ação, no sentido de resolver e corrigir o que está diante de nossos olhos, ou, nos refugiarmos em um abrigo, que nos livre das consequências. Este momento é fundamental para o nosso entendimento da vida como um todo. 

No afã de atenção e dinheiro, muitos propagam a verdade desejada. Olhando a atual orquestração de manchetes e informes nos periódicos do mundo, vemos que um interesse comum rege as redações destes propagadores de “verdades”.  Em uma manhã de notícias, observa-se mais mentiras do que algum resquício de verdade. Milhões morrem de fome a cada dia, num mundo repleto de silos abarrotados, aguardando o melhor preço do mercado. Poderia ser a manchete de um dos muitos sites que propagam a “verdade”.

O alinhamento de ideias e de objetivos, fica claro em uma análise mais acurada. Ainda não se pode afirmar o rumo que pretendem dar a tudo isso, porém, é visível que há uma harmonia de interesses. A primeiro impacto, tudo isso parece nefasto, porém, em um nível de camada posterior, verifica-se, que esta manobra é conduzida por um outro objetivo ainda não revelado.

Esta nuance de ordem tem me atraído a atenção, ali se esconde um real propósito para todo esse movimento que vemos na superfície. Conseguir adentrar esta fresta de luz, pode auxiliar no desdobramento de um universo reformado e grandioso. Com esta perspectiva que sigo na investigação do que realmente acontece no mundo de hoje. Como seremos, o que viveremos, onde chegaremos como humanidade, neste conturbado momento de nossa história, busque você também a fresta que descortinara esta nova realidade. Quem sabe nos encontremos do outro lado desta cortina, que nos separara desse novo mundo. Um bom dia e bons resultados para seus objetivos.  

 

domingo, 15 de janeiro de 2023

Até onde vai o buraco.


Imagem gerada por inteligência artificial - DALL-E

Rombo

O rombo de uma empresa varejista no Brasil, pode ser a ponta do iceberg de algo assustador na economia brasileira, talvez explique boa parte dos problemas em outras economias. Em 2008 a crise de subprime, abalou o mercado financeiro global. Na época, o escândalo se iniciou por um banco especifico. Ironicamente, há uma similaridade de nomes nos comandos das duas empresas.  Esta situação ocorrida agora no Brasil, pode arrastar mais empresas do setor para o centro das desconfianças.  Bancos que estavam envolvidos nas operações de crédito da empresa, devem ter seus procedimentos de liberação sob suspeita. Não identificar este tipo de situação ao longo da sete balanços anuais, para a dimensão das carteiras operadas, é algo intrigante. Corre no mercado, que este tipo de operação, que arrastou a empresa para este fosso financeiro, é uma pratica comum, porém, conglomerados que atuam no mesmo segmento, vieram a público, informar que a pratica contábil usada para ocultar o volume do default, não ocorre em suas escriturações. 

Importância

Mesmo sendo um país de importância secundária na economia mundial, as empresas brasileiras estão fortemente conectadas a outros conglomerados no exterior, isso é desconfortante para o nível de globalização do mercado financeiro e de capitais. Além das implicações econômicas e financeiras envolvidas neste tipo de situação, o porte destas empresas impacta as economias de seus países, muitas vezes estes desdobramentos, atingem a sociedade de tal forma, que os governos são obrigados a intervirem nos mercados onde atuam. Em 2008, muito dinheiro do contribuinte teve que ser injetado nestas estruturas, para que não produzissem um estrago devastador. 

Implicações

Estes escândalos podem respingar nas relações do mercado com o mundo político, pois, alguns membros das diretorias destas empresas, são próximos ou tem participações em decisões governamentais. Recentemente algumas figuras ligadas a este mercado, estiveram, atuantes na definição das forças que ocupariam o palácio do Planalto. Esta proximidade pode suscitar dúvidas quanto a lisura de seus interesses. 

Envolvimento

Olhando de uma certa distância, o empenho de certos jogadores do tabuleiro político, chegou a causar estranheza. Nomes de peso do empresariado brasileiro saíram a campo para garantir que o prato da balança eleitoral mantivesse uma direção política.

 Todas estas evidências colocam em alerta quem não se acomoda com sinais estranhos e posições incomodas. Não trago aqui insinuações e tampouco acusações, apenas observações de situações pouco convencionais, de fatos e acontecimentos recentes. Os desdobramentos da disputa eleitoral, levantam dúvidas, quanto aos interesses que motivam certos gigantes do empresariado. 

Torço para que estes temores sejam apenas devaneios de um leigo no assunto. A instabilidade política e econômica que se formou neste curto espaço de tempo, entre o pleito e o momento atual, alerta para sinais incomuns. 

Cenário

Neste momento delicado, este tipo de problema, vem incrementar novos complicadores aos rumos da economia. Os dados preliminares, desenhavam um período de retomada e um embasamento para um crescimento consistente, de repente, tudo reverteu num cenário turvo e ameaçador.  Com celeridade e transparência, as autoridades precisam apurar os fatos e determinar as responsabilidades, visando acalmar os ânimos e estabilizar as relações de mercado tão necessárias ao país. 


quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

O que há por trás dos fatos?

Justiça


Os acontecimentos, sempre têm forças que os impulsionam. Uma boa investigação, conduzida de forma diligente e minuciosa, tende a apurar os fatos como realmente ocorreram. 

Na política estas verdades ficam um pouco mais nebulosas. Muitas vezes, estes acontecimentos são construídos sobre bases irreais e enganosas. As manobras que levaram aos manifestantes a se envolverem nos atos de vandalismo, ocorridos na esplanada do Planalto no fim de semana passada, são obscuras e estranhas. As trapalhadas dos arquitetos dos acontecimentos começam a aparecer. Imagens de policiais favorecendo agentes da depredação, inclusive armados, pipocam nas redes sociais. A mídia tradicional, não relata uma só linha destes fatos.

Em recente vídeo mostrado, um grupo de agentes fardados disputam o controle de detidos em meio aos destroços, com os policiais, destruindo ainda mais os objetos, e quase, indo as vias de fato uns contra os outros. Nas imagens e som apurados, não se distingue quem são os elementos, porém dá para perceber que são militares do exército e policiais locais. 

A denuncia 

O Deputado Marcos do Val, em seção da plenária, acusou o atual Ministro da Justiça de negligência e inação. Segundo o deputado, o ministro teria relatado em entrevista à imprensa, que viu os acontecimentos pela janela de seu gabinete e simplesmente ignorou os tumultos. O deputado relata ainda, que o órgão de inteligência do governo, havia reportado os riscos de distúrbios, aos gabinetes, da presidência e do ministério da justiça. Outras autoridades e órgãos do governo também foram informados. Segundo ele, estes informes foram simplesmente ignorados. Se as acusações levantadas forem comprovadas, o impasse político tende a se ampliar para uma crise institucional. 

Questionamentos feitos nas redes sociais levantam suspeitas de que os atos foram encomendados e facilitados por agentes do próprio governo. Se, se confirmarem estas suspeitas, teremos instalada uma guerra de poder, dentro do próprio grupo que sustenta o atual conjunto político. 

Cidadãos revoltados questionam os atos do Poder Judiciário. A medida de aprisionar manifestantes, que apenas protestavam contra algo que eles consideram ilegal, não é motivo para a medidas tomadas. Indiscriminadamente, idosos, crianças e seu familiares foram taxados de terroristas e confinados em um cárcere, sem identificação de provas, de crimes e em condições sub humanas de higiene e salubridade.

Acusações

 A acusação generalizada de vandalismo e destruição, sem a devida tipificação e coleta de provas configura um arbítrio por parte da autoridade policial. Outra questão levantada por agentes jurídicos é que as medidas não poderiam ser determinadas pela Suprema Corte, uma vez que a jurisdição está em âmbito estadual e local. 

Todas estas incertezas pairam neste cenário caótico que se encontra a estrutura política do país. A saída desta crise, parece estar longe de uma solução. Teremos ainda muitos acontecimentos para que se chegue a uma condição de equilíbrio e pacificação do país.

Neste momento a serenidade e a inteligência, são fundamentais para a solução da crise. Questões ficam abertas neste relato. O que de fato está acontecendo no Brasil? É apenas uma disputa política ou há interesses maiores por trás dos acontecimentos? Se há? Quais são? Quem são? Quais os objetivos? Ficaria aqui por horas elencando as dúvidas que se mostram. Mas o que nos resta é acompanhar o desenrolar dos acontecimentos. 

segunda-feira, 9 de janeiro de 2023

Nota de falecimento.

Verdade moribunda.



Sempre que há uma disputa, a verdade é a primeira a morrer. Não seria diferente diante dos fatos que ocorreram em Brasília no dia oito de janeiro. Numa distorção brutal da realidade, a mídia tradicional irmanada em uma só voz, entoa o mantra de uma “facção” política no comando das manifestações ocorridas. Para quem olha os acontecimentos no Brasil recente, fica fácil entender o levante popular. Desde os anos 2011/2013 um movimento crescente de repudio a corrupção a ao sistema de governo de apadrinhados, tem tomado corpo. Naqueles anos, uma manobra golpista foi impetrada para causar comoção e justificar a imposição de medidas que levariam o país a uma ditadura comunista. Porém, os articuladores do plano, perderam o controle dos movimentos e ali surgiu uma organização natural em repudio as forças corruptas infiltradas na política do país. De lá para cá, todos os atos com objetivo de cooptar estas manifestações em prol de uma agenda progressista, surtiram o efeito inverso. A cada dia e a cada manifestação, o pensamento liberal conservador, tem se cristalizado no seio da sociedade brasileira

O interessante na observação desta trajetória, é que todas as tentativas de distorcer a realidade dos fatos e criminalizar o movimento, tem servido para o crescimento da conscientização do cidadão comum, e o engrossamento das fileiras de apoiadores. O advento da crise sanitária, foi fundamental para esta estruturação solidária. No início das medidas de restrição, os caminhoneiros foram penalizados em suas atividades, a resposta do movimento foi de amparo a categoria, com postos de apoio montados por cidadãos ao longo das estradas, para que os trabalhadores, não parassem devido as restrições de funcionamento dos estabelecimentos as margens das rodovias. Esta atitude solidária, criou uma rede de conexões por todo o país, as redes sociais foram fundamentais neste momento. Esta aproximação entre trabalhadores do volante e a população em geral, estreitou os laços de cidadania. A comunicação dos universos, ampliou o sentimento patriótico, em um povo de indole solidária. 

Dentro destes eventos, o surgimento de um interprete capaz de dar vós aos desejos da população, o alçou a condição de líder. Este protagonismo concentrou a ira do sistema, agora havia uma figura a ser combatida. Esta visão distorcida da realidade tem sido o foco desde então. A insana atitude de provocar a morte de Jair Bolsonaro, apenas cristalizou o desejo de auto defesa desta força ascendente na sociedade, culminando com a eleição do “mito”, como ficou reconhecido no berço da força de apoio. 

O governo instalado em janeiro de dois mil e dezenove, tornou-se o alvo a ser abatido pelas forças infiltradas no sistema. A cada ataque realizado, o sentimento de proteção do coração do pensamento liberal/conservador, ganhava mais força e conscientização. Mesmo com uma aparente desorganização e acefalia, a ideia de repudio a corrupção e ao corporativismo político seguiu se fortalecendo. A rejeição do resultado extraído do sistema eleitoral, é a imagem final desta batalha. A disposição de cidadãos comuns em permanecer as portas das unidades militares ao longo de mais de setenta dias, sob condições insalubres e com uma infraestrutura mínima, enfrentando as intempéries de forma ordeira e pacifica, mostra a obstinação de um povo em torno de um objetivo. 

A tentativa do sistema que impera nos poderes do país, de personalizar esta força na figura e um político apenas, será a base do erro que levara a derrota diante de desta força que surge no meio da sociedade. O que motiva as pessoas que engrossam as fileiras da revolta, é uma ideia, a aversão, a corrupção e a impunidade.

 Esta planta brotou e vem crescendo sem um pai responsável, ela está na base das mudanças, a rejeição a corrupção social, é vista no cotidiano. Comportamentos desregrados e deploráveis, já não são tolerados nas situações corriqueiras. Portanto, este é um movimento com rumo certo e sem retorno. É uma questão de tempo para que a estrutura corrompida e arcaica desabe sobre aqueles que, insanamente, tentam mantê-la sob o mando da defesa da ordem democrática. Muito sofrimento ocorrerá, mas não há força que possa parar esta transformação. Resta saber como ela se cristalizara no horizonte vindouro. Um bom dia e caminhemos serenos e pacíficos, a estrada e longa e cheia de acidentes naturais. 

sábado, 7 de janeiro de 2023

Posso estar vendo fantasmas.


Origem das ideias.






Tentar entender o mundo da política tem sido um dos meus objetivos desde que me conheci gente. Em um dado momento nos anos 1990 eu até me aventurei como candidato a vereador por minha cidade. Obtive a larga contagem de 34 votos. Fiquei surpreso, pois, acredito que meus parentes não votaram em mim.

Desde os meus quatorze anos, sempre me interessei pelas coisas que aconteciam na política. Meu mundo não era ligado a esta realidade, porém, sempre tive um olhar voltado para este universo. Dentro de minha casa, meu pai tinha um gosto por estar a par dos acontecimentos, ele tinha pouco estudo, não se aprofundava na leitura e no conhecimento dos fatos, mas, tinha uma forte convicção de suas ideias, minha mãe sempre gostou de política, mas tinha aversão a “discuções calorosas”, esta característica nos afastou de um maior aprofundamento nas ideias e ideais.

Mesmo as minhas aventuras no mundo dos centros acadêmicos estudantis, foram marcadas por essa aversão de minha mãe. Na época, mãe falou, tá falado. Fica longe dessas disputas. Hoje considero que fui muito obediente.

Já na fase adulta de minha vida, segui com um olho nas páginas políticas dos jornais. Tendo me aventurado em 1992 como relatei acima. Hoje, o que foi um desejo de toda a vida, está tornando-se realidade. Não estou me aventurando no mundo da política, não é este meu objetivo, mas, tenho me dedicado a olhar mais de perto estes meandros.
 

Blog o resultado dessa aventura.






Pela observação que tenho realizado, estamos vivendo um dos momentos mais ricos na história política mundial, talvez superior até ao período da primeira e segunda guerras. Vivemos uma transformação na forma como o cidadão comum enxerga o sistema representativo que foi desenhado nos últimos séculos.



No meu entender este modelo se exauriu e precisa de um substituto, precisamos de algo que equilibre as forças que impulsionam a dinâmica social. Os últimos cinco anos tem revelado informações e dados, que aceleraram o ritmo do processo de mudanças na sociedade. Não sei se isso foi impulsionado ou desencadeado, o que vejo, é que, como um trem desgovernado, está em rota de colisão.

A ascensão de uma classe de líderes fracos, com comportamentos totalitários, tem desencadeado movimentos de repulsa a estas lideranças, e aberto condições para o aparecimento de bolsões de revolta e desordem social. Esta combinação tem potencial explosivo e convulsional.

Olhando as atuais personalidades políticas, encontro um traço comum entre elas. Estão numa mesma linha de pensamento e conduta, em espectros distintos, mas alinhados. Um exemplo deste comportamento é o novo líder congressista americano, o republicano Kevin McCarthy.

De origem humilde, McCarthy é filho de pais Democratas, que cresceu no estado da California, reduto do pensamento progressista americano. Sua ascensão, a sombra da influência do governo de George W. Busch, com seu mentor e padrinho, sendo um apoiador daquele governo. McCarthy, projetou uma trajetória como conservador republicano, mas suas posições são moderadas segundo alguns membros do partido.

O governo de George W. Busch foi controverso. Os acontecimentos de 2001 marcaram as leis de controle da liberdade americana. Sob o risco do terrorismo, o estado passou a ter maior controle sobre os cidadãos. De lá para cá, a trajetória dos direitos individuais tem sido de contração e controle da sociedade.

Em recente artigo do site Terra, pude coletar um trecho que me chamou a atenção. Um dos congressistas, acusou McCarthy de permitir a ascensão de “radicais” ao poder no Congresso. A fala dele foi, "Dois anos atrás, os insurgentes não conseguiram tomar o Capitólio", escreveu o congressista Eric Swalwell no Twitter. "Esta noite, Kevin McCarthy os deixou assumir o Partido Republicano”. Esta acusação me chamou a atenção, e me provocou a escrever este artigo.

Seria McCarthy, realmente um republicano conservador? Fiquei em dúvida. Como somos afetados por nossos ensinamentos e pelo ambiente onde crescemos, o Congresso americano poderia estar diante de um engodo, onde não haveria realmente uma oposição ao atual governo. A escolha desde novo líder da casa, poderia apenas ser uma encenação para que os descontentes ficassem confinados a um espaço limitado, impedindo a expansão de ideias e forças que mudassem o curso dos acontecimentos. Esta perspectiva, coloca em risco o equilíbrio de forças da maior “democracia” do mundo.

A eleição controversa de Biden, ainda levanta suspeitas no cidadão comum, fatos e acontecimentos não esclarecidos ainda teimam em vir a superfície. O esforço da mídia e de pessoas e autoridades influentes, para sufocar qualquer dúvida sobre o assunto, levantam suspeitas, recentemente reforçadas por dados expostos pela mídia social Twitter.

Há um ditado antigo que diz: Quem não deve, não treme. Diante deste ensinamento, ficam perguntas. Por que se impede a discussão das dúvidas que pairam sobre as decisões políticas, nos mais diversos países? Por que alguém destruiria uma obra de um gasoduto no mar do norte? Por que todos rezam com a mesma cartilha? O que está sendo mantido em segredo? Por que autoridades recuam diante de fatos grotescamente expostos? O que há por trás do poder de líderes que dirigem nossas vidas? Quem os amedrontam? Esta tem sido uma prática comum, do Canadá de Justin Trudeau, as batalhas da Ucrânia.

Estas são questões, que o cidadão comum com um pouco de interesse sobre as forças que comandam este planeta, tem em sua mente, diante dos fatos. Cabe a cada um buscar a verdade escondida. O conhecimento nos liberta, e nos aprisiona o medo.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2023

No escurinho do cinema.




Esta frase pertence a letra da música Flagra, lançada por Rita Lee nos anos 1980. Ela fala do que acontecia nos cinemas nos idos anos 1950/60. Onde jovens namorados aproveitavam o ambiente das salas de exposição, para se “divertirem” além da conta, para os padrões da época. A cantora foi muito feliz no ano em que lançou este hit, não sei a quantia exata, mas foram alguns milhares de cópias, nos tempos, onde ainda, se vendiam vinis ou como conhecíamos, os bolachões de piche. Foi uma época boa, onde a hipocrisia era apenas, palavrão. Eu abordei esta introdução para trazer o termo “feito as escondidas”. Olhando estes cinco dias de “governo”, algo já salta aos olhos. O “Mercado” luta para que, este arremedo de organização do Executivo se mantenha em pé. Basta um olhar atento, e qualquer observador verá sinais de balizamento, para que o “boneco de borracharia” governamental fique de pé, a cada fala torta que ocorre no planalto os “ispecialistis” da faria lima, em letras minúsculas mesmo, veem “alertar’ para os riscos da “economia”.  Como malabaristachinês” em circo popular, correm para que os pratos não caiam da vareta, a os grandes “players” acorrem para fazer o movimento indicado. A verborragia oriunda dos gabinetespalacianos”, é como focos de incêndio assoprados por um vento carregado de metano, talvez seja gás etílico. Tudo leva a crer que, quem assinou com caneta de ouro, não vale o bafo que tem. Tudo indica que o alambique que está por trás desta peça teatral é de dimensões titânicas. A questão que me trouxe até o teclado é: Por que o “mercado” faz de tudo, para montar e manter este circo que se tornou o Brasil? Todo o arcabouço de arranjos e trapaças que podemos ver em uma trama de filme hollywoodiano, está no roteiro desta “última eleição”, ultima está em parênteses, porque é a sensação que um cidadão comum, tem sobre eleições atualmente. A minha capacidade lógica está prestes a pedir arrego, na tentativa de compreender os motivos, que levaram empresários de porte e autoridades, a darem amparo a algo que, até o seu Zé sorveteiro, com quarta série primária, viu que seria a destruição do país. Qual a lógica disso. Ganancia? Covardia? Não encontro qualificativos para expressar esta realidade. Generais de quatro estrelas, batendo continência para acusados em vários processos por corrupção. É algo surreal o que vemos diante de nossos olhos. Não é uma questão de posicionamento político, isto é causa menor. O país caminha de jato supersónico para a destruição. Impedir que uma empresa demita para ajustar sua capacidade econômica é decretar seu fechamento. Onde isso é amparar o trabalhador? Impor aumento de impostos, ampliando gastos com trinta e sete ministérios, escalando figuras políticas, muitas das quais sem qualquer afinidade com o objetivo da pasta, não encaixa, qualquer merendeira sabe que se não entender de cozinha, não serve para fazer tempero.  Declarar a possibilidade, de uso de forças de segurança oriundas de países vizinhos para conter os próprios cidadãos descontentes, é declarar incompetência de defesa interna. Isso é crime contra a soberania da nação. Qual o objetivo por trás de todo esse atropelo. Está é uma questão que ainda flutua como pena em busca de uma mina explosiva para cair, como em uma cena de desenho animado. Se não é louco é bizarro.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

Reconectando.



Hoje iniciei o meu texto com outra perspectiva, porém fui interrompido, quando retornei, já não encontrava a linha de raciocínio. A interrupção, me levou a ver o mundo por um universo, que ainda não tinha observado. A condição de um encarcerado. Recebi a visita de uma pessoa que trabalha em um presídio, e ele falou um pouco desta realidade. Nesta troca de informações pude ver que realmente o sistema adotado não leva a nenhum resultado válido.

O indivíduo que ali está, não tem dimensão da realidade dos seus atos. Toda a estrutura para a contenção dos atos transgressores não trata da raiz da causa. A tomada de consciência das consequências dos atos realizados. Quem não reconhece que os danos “causados” a outros é de sua responsabilidade, continuará a agir da mesma maneira. Mesmo que seja espancado até a morte, não mudará a perspectiva de seu julgamento íntimo. Sem esta mudança não haverá transformação e a consequente conscientização de que um novo rumo deve ser tomado.

Olhando de fora parece ser simples a mudança de políticas nesta área, mas a implantação de uma nova diretriz passa pelo processo de compreensão da sociedade, de que atos punitivos não recompõem os danos causados, apenas expõe o agente a mais comportamentos destrutivos.

O que estou abordando aqui, não é a defesa do desencarceramento indiscriminado, mas uma abordagem, que vise, a recomposição dos danos e o reconhecimento da responsabilidade. Se esta mudança de posição não ocorrer no indivíduo transgressor, continuaremos a lutar com a violência por um ponto de vista que não causara mudança alguma.

A recomposição da desordem provocada, tem que ser o foco do sistema de controle de transgressões. Um indivíduo que entende que seu ato, causa danos a outros, que é ele, o responsável direto por estes danos, e que é, tarefa somente dele, de recolocar as coisas no lugar, estará mais consciente e interiorizado do processo, e certamente não terá propensão a realizar tais atos novamente.

Então, encontrar uma solução que leve a esta mudança de paradigma, é o que deveria ser avaliado nas discuções do sistema de repressão a transgressões das normas sociais. A necessidade de um conjunto de normas e regras de convívio, é fundamental para o tecido social. Sem esta estrutura, não é possível aos membros, estabelecerem limites de coabitação dos espaços comuns e individuais, e a tão desejada harmonia social. Acredito que devemos buscar a viabilidade desta reforma, sob a pena de vermos deteriorar todo o sistema de convívio.

A discussão está aberta, pontos de vistas são contraditórios. Visões antagônicas são necessárias para que haja esclarecimento das questões. A sociedade é dinâmica e viva. Encontrar novas soluções a partir de novas abordagens é salutar. A compreensão humana está diretamente ligada ao tempo em que ocorrem os fatos. Buscar formas de avaliar as normas e medidas vigente, de acordo com as novas posições é importante para o desenvolvimento de toda a sociedade.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2023

Neutralidade.


Como lidar com informação sem que nossas emoções aflorem diante dos fatos. Hoje estou neste dilema. É um grande desafio o que me propus nos últimos três anos, passar por toda esta turbulência humana, sem que minhas emoções, me destruíssem diante dos acontecimentos. Não tem sido uma tarefa simples, as consequências veem. Recentemente fui acometido por um desequilíbrio de minha pressão arterial, ela oscilava desordenadamente durante todo o dia, como me encontro a dez dias de, como diz minha irmã mais velha, me tornar “sexi -agenário”, esta condição de pressão instável, preocupa. Visando afastar qualquer risco a minha saúde, busquei assistência médica no SUS, esta é a minha realidade, sem plano privado. Porém, fui tranquilizado pelo médico, ele me informou, que não era um distúrbio do sistema arterial, mas, eu atravessava uma crise ansiosa, o que para mim não é novidade. Me recomendou serenidade e uns “remedins”. Mais uns, entre os 152 mil que já tomo (dose elevada de humor negro – ou melhor “ausente de luz”). Manter a mente livre das emoções, para conseguir encontrar uma posição, que permita ter uma visão mais nítida dos acontecimentos, tem me consumido muita energia e causado muitas dores no estomago. Eu tenho a necessidade desta posição. Vejo que esta postura, ficar na neutralidade “lógica”, é algo muito complexo, e tem faltado, aos que tentam retratar os acontecimentos, nos tempos atuais. Os pendores emocionais, nos acossam constantemente. O tomar partido, nos é imposto a cada instante, a lucidez muitas vezes nos parece estupida, e muitas outras vezes, não passa de covardia, travestida de neutralidade. A obrigatoriedade, de observar e relatar os fatos, sem que as emoções imperem, é algo, quase impossível a quem se dispões a tal feito. Os ataques dos que se deixam levar pelas emoções, são profundos e geralmente cruéis, e assim como todas as pessoas, os mensageiros têm sentimentos e não são os donos da mensagem, são apenas, os relatores dos acontecimentos. Uma vez esclarecidas estas condições, e retornado ao foco desta coluna. As questões econômicas e políticas que vivemos no momento são fortes, afetam profundamente nossas vidas, e requerem muita atenção aos próximos passos. O desequilíbrio econômico e social que se avizinha, tem pressionado as autoridades e os gestores de negócios. A pressão social tem aumentado a cada dia. Este desequilíbrio, é decorrente da fraqueza das correntes políticas, que dão sustentação aos comandos da sociedade. Por toda parte, seja no setor privado ou na esfera pública, vemos a destruição da energia e da fibra humana, com dirigentes fracos de caráter, e corrompidos em comportamentos autocráticos. Este recrudescimento do autoritarismo, tem conduzido a sociedade, a uma postura de resistência e oposição a esta busca de limites. Estes movimentos tem produzido transformações em um ritmo que não vi em toda a minha vida.   O que me alegra neste furacão que se tornou o dia a dia de qualquer pessoa, é que estamos mais conscientes de nossa importância na dinâmica da vida em sociedade. Constatar esta verdade, foi um alento para minha capacidade de compreensão da vida. No meu ver, a democracia nunca esteve tão próxima de sua plenitude. Apesar de você poder não ver desta forma, eu reitero, que vivemos, um dos momentos mais democráticos da história. Toda a repressão que esta presente nas sociedades do globo, apenas demonstra que as forças opostas se digladiam em busca de um espaço no protagonismo social. Estes movimentos demostram que todo o conjunto se ajusta para a participação das forças presentes. Encontrar um denominador único, para gerir o potencial que isso representa, é o grande desafio do momento. Acomodar as visões de cada grupo, num universo de ideias e vontades cada dia mais fracionadas e plurais, é o trabalho que teremos a frente. A construção das bases sociais que regerão o milênio que iniciamos, está acontecendo agora, e num fervilhar de ideias e reinvindicações jamais vista na história humana. Vivemos uma reforma sem precedentes. Tudo virá abaixo para que tudo seja reconstruído e modelado em uma nova estrutura lógica e emocional. São tempos sofridos, mas um tempo dinâmico e rico em ideias e escolhas, saber quais são as melhores e mais justas é o desafio desta geração, que derrubou seus totens e suas amarras, e segue, como nau sem rumo num mar revolto. Almirantes, Generais e Brigadeiros, são como recrutas envergonhados em seu primeiro dia de fileiras. Não sabem para onde seguem, mas são responsáveis por suas tropas e seu sucesso ou fracasso. Estamos todos numa noite sem lua, a destino de um amanhecer, que não temos como saber o sol que virá. Um bom ano e que nossas energias se reformem e abasteçam neste novo sol que brilha na vida de todos. Bom ano de 2023.

No meio da polêmica – Peço licença para abordar um tema importante.

Crianças desaparecidas.   O filme Sound of Freedom , trouxe para o centro das discussões um tema sério e espinhoso. Sei que esse tema ...