Como lidar com informação sem que nossas emoções aflorem diante dos fatos. Hoje estou neste dilema. É um grande desafio o que me propus nos últimos três anos, passar por toda esta turbulência humana, sem que minhas emoções, me destruíssem diante dos acontecimentos. Não tem sido uma tarefa simples, as consequências veem. Recentemente fui acometido por um desequilíbrio de minha pressão arterial, ela oscilava desordenadamente durante todo o dia, como me encontro a dez dias de, como diz minha irmã mais velha, me tornar “sexi -agenário”, esta condição de pressão instável, preocupa. Visando afastar qualquer risco a minha saúde, busquei assistência médica no SUS, esta é a minha realidade, sem plano privado. Porém, fui tranquilizado pelo médico, ele me informou, que não era um distúrbio do sistema arterial, mas, eu atravessava uma crise ansiosa, o que para mim não é novidade. Me recomendou serenidade e uns “remedins”. Mais uns, entre os 152 mil que já tomo (dose elevada de humor negro – ou melhor “ausente de luz”). Manter a mente livre das emoções, para conseguir encontrar uma posição, que permita ter uma visão mais nítida dos acontecimentos, tem me consumido muita energia e causado muitas dores no estomago. Eu tenho a necessidade desta posição. Vejo que esta postura, ficar na neutralidade “lógica”, é algo muito complexo, e tem faltado, aos que tentam retratar os acontecimentos, nos tempos atuais. Os pendores emocionais, nos acossam constantemente. O tomar partido, nos é imposto a cada instante, a lucidez muitas vezes nos parece estupida, e muitas outras vezes, não passa de covardia, travestida de neutralidade. A obrigatoriedade, de observar e relatar os fatos, sem que as emoções imperem, é algo, quase impossível a quem se dispões a tal feito. Os ataques dos que se deixam levar pelas emoções, são profundos e geralmente cruéis, e assim como todas as pessoas, os mensageiros têm sentimentos e não são os donos da mensagem, são apenas, os relatores dos acontecimentos. Uma vez esclarecidas estas condições, e retornado ao foco desta coluna. As questões econômicas e políticas que vivemos no momento são fortes, afetam profundamente nossas vidas, e requerem muita atenção aos próximos passos. O desequilíbrio econômico e social que se avizinha, tem pressionado as autoridades e os gestores de negócios. A pressão social tem aumentado a cada dia. Este desequilíbrio, é decorrente da fraqueza das correntes políticas, que dão sustentação aos comandos da sociedade. Por toda parte, seja no setor privado ou na esfera pública, vemos a destruição da energia e da fibra humana, com dirigentes fracos de caráter, e corrompidos em comportamentos autocráticos. Este recrudescimento do autoritarismo, tem conduzido a sociedade, a uma postura de resistência e oposição a esta busca de limites. Estes movimentos tem produzido transformações em um ritmo que não vi em toda a minha vida. O que me alegra neste furacão que se tornou o dia a dia de qualquer pessoa, é que estamos mais conscientes de nossa importância na dinâmica da vida em sociedade. Constatar esta verdade, foi um alento para minha capacidade de compreensão da vida. No meu ver, a democracia nunca esteve tão próxima de sua plenitude. Apesar de você poder não ver desta forma, eu reitero, que vivemos, um dos momentos mais democráticos da história. Toda a repressão que esta presente nas sociedades do globo, apenas demonstra que as forças opostas se digladiam em busca de um espaço no protagonismo social. Estes movimentos demostram que todo o conjunto se ajusta para a participação das forças presentes. Encontrar um denominador único, para gerir o potencial que isso representa, é o grande desafio do momento. Acomodar as visões de cada grupo, num universo de ideias e vontades cada dia mais fracionadas e plurais, é o trabalho que teremos a frente. A construção das bases sociais que regerão o milênio que iniciamos, está acontecendo agora, e num fervilhar de ideias e reinvindicações jamais vista na história humana. Vivemos uma reforma sem precedentes. Tudo virá abaixo para que tudo seja reconstruído e modelado em uma nova estrutura lógica e emocional. São tempos sofridos, mas um tempo dinâmico e rico em ideias e escolhas, saber quais são as melhores e mais justas é o desafio desta geração, que derrubou seus totens e suas amarras, e segue, como nau sem rumo num mar revolto. Almirantes, Generais e Brigadeiros, são como recrutas envergonhados em seu primeiro dia de fileiras. Não sabem para onde seguem, mas são responsáveis por suas tropas e seu sucesso ou fracasso. Estamos todos numa noite sem lua, a destino de um amanhecer, que não temos como saber o sol que virá. Um bom ano e que nossas energias se reformem e abasteçam neste novo sol que brilha na vida de todos. Bom ano de 2023.
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segunda-feira, 2 de janeiro de 2023
Neutralidade.
Como lidar com informação sem que nossas emoções aflorem diante dos fatos. Hoje estou neste dilema. É um grande desafio o que me propus nos últimos três anos, passar por toda esta turbulência humana, sem que minhas emoções, me destruíssem diante dos acontecimentos. Não tem sido uma tarefa simples, as consequências veem. Recentemente fui acometido por um desequilíbrio de minha pressão arterial, ela oscilava desordenadamente durante todo o dia, como me encontro a dez dias de, como diz minha irmã mais velha, me tornar “sexi -agenário”, esta condição de pressão instável, preocupa. Visando afastar qualquer risco a minha saúde, busquei assistência médica no SUS, esta é a minha realidade, sem plano privado. Porém, fui tranquilizado pelo médico, ele me informou, que não era um distúrbio do sistema arterial, mas, eu atravessava uma crise ansiosa, o que para mim não é novidade. Me recomendou serenidade e uns “remedins”. Mais uns, entre os 152 mil que já tomo (dose elevada de humor negro – ou melhor “ausente de luz”). Manter a mente livre das emoções, para conseguir encontrar uma posição, que permita ter uma visão mais nítida dos acontecimentos, tem me consumido muita energia e causado muitas dores no estomago. Eu tenho a necessidade desta posição. Vejo que esta postura, ficar na neutralidade “lógica”, é algo muito complexo, e tem faltado, aos que tentam retratar os acontecimentos, nos tempos atuais. Os pendores emocionais, nos acossam constantemente. O tomar partido, nos é imposto a cada instante, a lucidez muitas vezes nos parece estupida, e muitas outras vezes, não passa de covardia, travestida de neutralidade. A obrigatoriedade, de observar e relatar os fatos, sem que as emoções imperem, é algo, quase impossível a quem se dispões a tal feito. Os ataques dos que se deixam levar pelas emoções, são profundos e geralmente cruéis, e assim como todas as pessoas, os mensageiros têm sentimentos e não são os donos da mensagem, são apenas, os relatores dos acontecimentos. Uma vez esclarecidas estas condições, e retornado ao foco desta coluna. As questões econômicas e políticas que vivemos no momento são fortes, afetam profundamente nossas vidas, e requerem muita atenção aos próximos passos. O desequilíbrio econômico e social que se avizinha, tem pressionado as autoridades e os gestores de negócios. A pressão social tem aumentado a cada dia. Este desequilíbrio, é decorrente da fraqueza das correntes políticas, que dão sustentação aos comandos da sociedade. Por toda parte, seja no setor privado ou na esfera pública, vemos a destruição da energia e da fibra humana, com dirigentes fracos de caráter, e corrompidos em comportamentos autocráticos. Este recrudescimento do autoritarismo, tem conduzido a sociedade, a uma postura de resistência e oposição a esta busca de limites. Estes movimentos tem produzido transformações em um ritmo que não vi em toda a minha vida. O que me alegra neste furacão que se tornou o dia a dia de qualquer pessoa, é que estamos mais conscientes de nossa importância na dinâmica da vida em sociedade. Constatar esta verdade, foi um alento para minha capacidade de compreensão da vida. No meu ver, a democracia nunca esteve tão próxima de sua plenitude. Apesar de você poder não ver desta forma, eu reitero, que vivemos, um dos momentos mais democráticos da história. Toda a repressão que esta presente nas sociedades do globo, apenas demonstra que as forças opostas se digladiam em busca de um espaço no protagonismo social. Estes movimentos demostram que todo o conjunto se ajusta para a participação das forças presentes. Encontrar um denominador único, para gerir o potencial que isso representa, é o grande desafio do momento. Acomodar as visões de cada grupo, num universo de ideias e vontades cada dia mais fracionadas e plurais, é o trabalho que teremos a frente. A construção das bases sociais que regerão o milênio que iniciamos, está acontecendo agora, e num fervilhar de ideias e reinvindicações jamais vista na história humana. Vivemos uma reforma sem precedentes. Tudo virá abaixo para que tudo seja reconstruído e modelado em uma nova estrutura lógica e emocional. São tempos sofridos, mas um tempo dinâmico e rico em ideias e escolhas, saber quais são as melhores e mais justas é o desafio desta geração, que derrubou seus totens e suas amarras, e segue, como nau sem rumo num mar revolto. Almirantes, Generais e Brigadeiros, são como recrutas envergonhados em seu primeiro dia de fileiras. Não sabem para onde seguem, mas são responsáveis por suas tropas e seu sucesso ou fracasso. Estamos todos numa noite sem lua, a destino de um amanhecer, que não temos como saber o sol que virá. Um bom ano e que nossas energias se reformem e abasteçam neste novo sol que brilha na vida de todos. Bom ano de 2023.
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