Extra, extra, extra! A verdade está morta?
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| jwskks5786 - Pixabay |
Qual a verdadeira função da imprensa em uma sociedade?
Seriam os jornalistas, meros fofoqueiros, abelhudos?
Em sua origem a palavra jornal está ligada a “relatar uma
jornada”, que pode ser entendido como contar os acontecimentos de um período.
Esta tarefa de “relatar” o acontecido, foi exercida no
princípio da civilização de forma oral por aqueles que presenciaram o fato ou
que obtiveram o máximo de detalhes sobre o acontecido.
Então o jornalismo tem a tarefa de levar a informação de
maneira mais precisa possível aos que desejam saber sobre os fatos e
acontecimentos.
O que temos visto nas últimas décadas, são “relatos”
elaborados de acordo com as posições políticas dos relatores ou atendendo a
interesses outros.
Com o advento da internet e o surgimento das redes sociais, a
notícia passou a ser instantânea e local. Relatos dos acontecimentos passaram a
ser apresentados em tempo real, muitas vezes somos espectadores da história
acontecendo.
Esta realidade, causou uma “guerra” na informação. A
tentativa de desqualificação da notícia ou simplesmente de impedir que ela seja
propagada, acontece constantemente na atualidade.
As principais entidades de propagação noticiosa, hoje estão
ligadas a grandes conglomerados econômicos ou atreladas a organizações cujo
objetivo é desviar o interesse do espectador diário.
Encontrar fragmentos da verdade no mar de informação disponível,
tem sido um grande desafio para aqueles que desejam conhecer os fatos
ocorridos.
É visível a orquestração entre os principais órgãos informativos com o objetivo de exaltar ou suprimir relatos que atinjam interesses
corporativos ou políticos.
A batalha entre as correntes políticas, contaminou
completamente a pauta dos “periódicos” disponíveis.
Uma passada rápida pelas “paginas” digitais, mostra o quão
alinhadas estão as redações, relatando mesmos fatos e acontecimentos, muitas
vezes repetindo as matérias no mais profundo estilo Crtl C/Cltr V.
Nesta batalha de desinformação, a escalada identitária segue rumo
ao infinito.
George Orwell alertou ou desenhou o modelo que vem sendo
adotado recentemente.
Ao ler um de seus livros mais comentados, 1984, o espectador
fica em dúvida se, o que ele aborda no livro, é um alerta para o estaria por vir ou
é o roteiro do que deveria ser implantado na sociedade a partir do ano que ele
retrata. Eu pessoalmente o li no ano título, e eu com os meus vinte um anos,
achei que seria uma utopia. Hoje, temo ter tido acesso a um relatório secreto
do que deveria ser implantado no mundo.
Há um pensamento, de que a melhor maneira de esconder a verdade,
é colocando-a a vista de todos, para que não sejam capazes de distingui-la na
paisagem.
Diante do recrudescimento dos que hoje administram as
sociedades nos diversos países do mundo, temo que o texto do livro seja o
roteiro do que deve ser implantado por aqueles que espreitam nos bastidores do
poder.
A caça aos que ousam divergir dos relatos oficiais, tem
crescido em velocidade nunca antes vista. Esta percepção pode ser destorcida
pelo entendimento de que antes isso não ocorria. O que pode realmente ter
ocorrido no passado é que já vivíamos sob o julgo da censura velada e não tínhamos
noção do que realmente acontecia, hoje com a proliferação das tecnologias que
conectam todo mundo ao mundo, esta verdade talvez esteja desnuda.
O certo é que, o mundo está uma balburdia, por todos os
lados, todos gritam e muitos são sufocados em seu direito de gritar.
O que vem ocorrendo no Brasil, é muito claro. A imposição de
um pensamento único tem avançado sobre os discordantes. As revoltas que ocorrem
na França e já se alastram pela Bélgica são sinais de que o mundo entra em
convulsão.
As elites dominantes não desejam abrir espaço aos
divergentes. Bolsões de revolta vão se formando ao redor do globo. Não há como
prever o que vira em decorrência do que está acontecendo.
Muitas “verdades” estabelecidas têm sido desmontadas. Órgãos
de polícia têm sido transformados em centros de vigilância e direcionamento de
condutas. A relação entre as gestoras de redes sociais com órgãos de vigilância
tem vindo a superfície da verdade. Mostrando um conluio para o favorecimento de
ideias que alimentam a ilusão.
Vivemos um “unreal show”, onde o Grande Irmão nos governa?
Nossos dirigentes nos protegem ou nos controlam?
Que verdade é esta que não pode ser contestada?
Será que estamos mesmo no pós-verdade?
Ficam as perguntas, meu jurídico me recomenda parar por aqui.

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