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segunda-feira, 3 de julho de 2023

Domini Eterni

Dinastias.

Silvano - Pixabay
Lingistica

O latim é uma língua raiz. São poucas as línguas que podem ser classificadas como latinas. O inglês, a língua oficial nas transações políticas e profissionais, tem em sua origem grande participação do latim, por sua proximidade com o francês que também é oriunda do latim. Mas o que uma breve explanação sobre as origens da linguagem moderna, tem a ver com política e economia?

Boa pergunta. O termo “democracia” é oriundo do grego, tendo sua variação no latim. O google já se perdeu na definição do que é uma democracia. Na raiz do termo temos povo e força, que poderia ser traduzido como força do povo ou na versão moderna poder do povo.

DemoKartia

O modelo social moderno, denominado “democracia”, tem em sua estrutura o degrau da “representatividade”. Ela surgiu devido ao crescimento das sociedades e das nações. A dificuldade de consultar todos os envolvidos em uma sociedade, criou a figura dos “prepostos ou representantes”. No modelo politico atual, estes “representantes”, são na maioria dos países, conhecidos com deputados ou congressistas.

Desde que as sociedades começaram a se organizar nos primórdios da civilização, a liderança foi exercida por um indivíduo que despontava entre os demais por herança, força ou astucia. Ao longo da história, muitos destes lideres deixaram marcas de suas principais características, Gengis Khan, Átila o Huno, Alexandre o Grande e uma lista infindável até Margareth Tatcher, somente para citar.

Despotas

Sempre que as sociedades enfraquecem surgem indivíduos de baixo caráter para tentar abocanhar o poder da liderança. O início do século passado foi palco para este tipo de pessoa. Passados cerca de oitenta anos do aparecimento da última leva de potenciais déspotas, estamos adentrando a um novo período em que o espectro político está pululando de novos déspotas.

Mentes distorcidas, exercem a censura e o controle sobre os demais membros da sociedade, acusando os que divergem de suas premissas, rotulando-os de qualquer termo que termine com “istas”.

Em nome da democracia usurpam de suas posições e impõem seus mais nefastos intentos, usando argumentos falhos e verdades travestidas.

Interesses

Estes momentos que estamos vivendo, tem suas origens na degradação das estruturas e regras de convívio das sociedades atuais. A “mistura” de interesses e costumes, tem causado distúrbios no seio da principal célula do tecido social. A estrutura denominada “família” tem sido alvo de ataques que visam a remoção dos alicerces do indivíduo. Isto não ocorre aleatoriamente, há uma proposta real nesse objetivo. A instabilidade emocional fragiliza o ser e o expõe facilmente as influências externas de seu grupo.

Os indivíduos que desejam o poder supremo não medem esforços para induzir esta conduta em toda a estrutura social.  A fragilidade emocional, é fundamental para que o indivíduo desenvolva distúrbios de personalidade que podem facilmente ser “anestesiados” com “recompensas” como consumo, degradação moral, subserviência psicológica e servidão ideológica.

Pastoreio

Bradando estarem em luta contra aqueles que “querem destruir a democracia” os atuais lideres tem conduzido rebanhos inteiros ao abatedouro de seus direitos individuais. O advento da crise ocorrida em dois mil e vinte, demonstrou como é possível implantar a histeria coletiva por meio do medo e do egoísmo social.

Através do fomento da intolerância e da divisão, as sociedades tem se posicionado de forma vulnerável a condução nefasta destes “lideres”. Vemos hoje pessoas que deveriam ser os primeiros a bradarem contra o controle da informação, apoiando medidas que impedem que vozes discordantes tenham tempo de fala.  Calar aqueles que reivindicam o direito de se expressar tem sido exigido pelos que idolatram a nova “cultura democrática”.

Manipulação

Sob o manto da implantação das novas “regras de tolerância e inclusão” seguem expurgando e reagindo aos questionamentos divergentes.

Lamentável ver que muitos desejam o silêncio daqueles que finalmente conseguiram vós na sociedade através do acesso ao meio cibernético.

A violência dos grupos que desejam impedir que haja divergência, fortalece o surgimento de tiranos no comando de governos autoritários e controladores.

Preludio 

Os distúrbios que ocorrem nas ruas francesas são um prelúdio do que podemos ter em breve no berço do que se tornou os sistemas de governos democráticos.

A República Francesa, nascida de revolta dos cidadãos nos primórdios da era moderna, caminha a passos largos para uma ditadura imposta pela força e adorada pelos autoritários.

Vivemos tempos sombrios, onde o autoritarismo se alastra como peste sem cura. Como vírus mutante se infiltra nas falas e nas bandeiras de defesa das vozes que um dia foram silenciadas nos bastidores da sociedade.

Como diz o título “domini eterni”, senhores eternos, não desejam dividir seu poder.
 

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