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sexta-feira, 23 de junho de 2023

Assim caminha a humanidade.

Caminhos diplomáticos.

Sasin Tipchai - Pixabay


As questões envolvendo as relações comerciais entre países sempre foram a parte mais espinhosa do mundo diplomático. A conquista de territórios para empresas e produtos nacionais leva os governantes a tomarem medidas diplomáticas que muitas vezes desandam as relações bilaterais. Diante da mudança da correlação de forças entre as potencias globais e as nações do bloco Brics, o confronto direto entre estas forças é iminente. A ascensão da China como líder do bloco e potência econômica global, tem acirrado os ânimos diplomáticos. O passo dado por Vladimir Putin ao invadir a Ucrânia, é parte integrante desta batalha por divisão da influência global. A imposição de uma moeda única realizada em meados do século passado, permitiu aos EUA e seus parceiros proeminentes o domínio dos mercados e do direcionamento da economia mundial. Atualmente está hegemonia vem sendo contestada pelos países membros do Brics. Esta contestação pode abalar a economia do eixo Norte Atlântico. Inglaterra, Alemanha, França e Holanda foram os arquitetos da criação do “xerife yankee”, e sob sua proteção espalharam seus tentáculos econômicos por todos os continentes.

A sobrevivência das novas potencias econômicas está diretamente ligada a condição de conquistar um lugar a mesa de decisões.  O “velho ocidente” já não dá mais as cartas. As sociedades ditas “desenvolvidas” estão em declínio, seu potencial de consumo e expansão já não sustenta o crescimento continuo de suas economias. A glória e a pujança ficaram no passado. Isso é um movimento natural, se estamos de barriga cheia já não temos animo para buscar comida.

Assim vem se desenhando ou últimos movimentos diplomáticos pós conflito da Ucrânia. O medo de retaliações e sansões impõe cautela na condução das alianças e tratados. O modelo de desenvolvimento “globalista” espirou, nova plataforma deve ser desenhada para que a humanidade siga a sua existência diante dos novos desafios que se avizinham. A pluralidade política e econômica, a diversificação da produção e a Introdução das tecnologias inteligentes serão as diretrizes que impulsionarão as transformações vindouras. Levas de trabalhadores perderão suas ocupações atuais, esta mão de obra precisa urgentemente ser retreinada e realocada em novas fronteiras, livrando o mundo da miséria e da fome.

Os desafios são enormes, a realocação de centros produtivos que atendam aos interesses locais, pode não coincidir com a abundância de mão de obra, a migração de carentes de recursos para estas bolhas de desenvolvimento será outra das dores de cabeça a serem enfrentadas nesta nova realidade. Pessoas tendem a rejeitar novos moradores em suas localidades. São novos costumes, novas tradições e novos interesses a dividirem o velho ambiente conhecido. Uma atitude natural nossa, a rejeição do novo.

O que parece ser um problema dos políticos e governantes, dentro desta perspectiva, se torna uma questão do indivíduo, o meu vizinho é estranho e não me cumprimenta. As nossas relações coloquiais são o reflexo das conexões entre nações e povos. No último movimento global, aprendemos a consumir produtos vindos do além mar, agora viveremos a interrelação com os que moram além mar, eles hoje são os nossos “vizinhos”, tem gostos, tradições e pensamentos que nos são estranhos, mas são nossos “vizinhos”. O advento da internet e das redes sociais produziu esse fenômeno. Estamos nos tornando “terráqueos”. Um só povo, um só desejo, uma só luta. Viver o novo milênio.

Assim caminha a humanidade. Me rendo ao autor desta frase.

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