Translate

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2023

Bater de latas.

Barulho de pipoca

Ryan McGuire  - Pixabay
Por que se faz barulho com o bater de latas. Esta tática é muito comum no mundo da política. Promove-se um barulho, sobre algo que parece importante, para que, não se preste atenção em algo que se deseja esconder.

A questão envolvendo o Banco Central do Brasil, se deve ao fato de que o governo empossado não tem um projeto para a atual administração. O governo anterior, montou uma estrutura nos quatro anos passados, para que somente uma gestão consciente e equilibrada pudesse seguir adiante.

A equipe que se encontra nos gabinetes de Brasília, não tem conhecimento técnico para conduzir o país, nos moldes de uma administração proba e transparente. Então, destruir a reputação das amarras que prendem o desperdício e a desonestidade é a única forma de desviar a atenção do eleitorado.

Campos Neto

O economista sabe, que se soltar as rédeas, o Banco Central irá ser conivente com o desequilíbrio fiscal e com a retomada da corrupção no governo. Consciente do que está fazendo, o Presidente do banco é a última barreira para a total destruição econômica do país. Gerar um impulso momentâneo na economia, seria fundamental para a sustentação política do grupo que hoje comanda o Planalto. Os efeitos desta alavancagem, seriam de curto prazo, cerca de doze meses ou menos. Logo em seguida a inflação viria galopante e a recessão se implantaria, tornando o final do atual mandato um caos político e econômico.

A batalha interna pelo poder, não se interessa pela condução de uma política econômica austera e duradoura. Os grupos políticos que ali se envolvem, sabem que a janela de poder é curta e que já dá sinais de estreitamento. Quem olhou para esse momento da política acreditando que seria uma oportunidade de retomada do poder, calculou sobre variáveis tortas e imprecisas. O grau de conscientização e politização do eleitorado é uma nova componente que complica o cenário de poder. A pressão sentida pelos parlamentares em suas bases, atingiu um grau de proximidade, que impede manobras mais arriscadas de bastidores. A rapidez com que as redes sociais permitem a reação do eleitorado, derruba narrativas e falácias como um lutador de ringue, um único soco e a manobra vem a knockout.

Por um punhado de moeda

Por traz destes movimentos sobre a política de juros conduzida pelo BC, temos o “mercado”. Recheado de rentistas, o Brasil sempre foi o reino da preguiça, ganhar dinheiro estando em uma praia é muito mais interessante do que estar preso a uma sala, no pátio de uma indústria ou na cabine de uma colheitadeira.  Com esta perspectiva, os donos do dinheiro, não se preocupam com austeridade por parte do governo. Um governo perdulário, agrada o tolo e inocente com seus programas de “amparo social” e irriga o mercado de títulos públicos, cada vez mais caros ao financiamento. Juros altos e, mais gastos em socorro social, são a receita perfeita para as ideologias de massa. Nenhum “pai austero” foi popular na história. O mundo sempre reverencia os fanfarrões. Ninguém gosta de recolher o lixo de festas, mas todos chegam na hora do champagne. Que Campos Neto seja o último dos moicanos e resista em sua trincheira até que possamos restabelecer a ordem no galinheiro. 

No meio da polêmica – Peço licença para abordar um tema importante.

Crianças desaparecidas.   O filme Sound of Freedom , trouxe para o centro das discussões um tema sério e espinhoso. Sei que esse tema ...