Barulho de pipoca
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| Ryan McGuire - Pixabay |
A questão envolvendo o Banco Central do Brasil, se deve ao
fato de que o governo empossado não tem um projeto para a atual administração.
O governo anterior, montou uma estrutura nos quatro anos passados, para que somente uma gestão consciente e equilibrada pudesse seguir adiante.
A equipe que se encontra nos gabinetes de Brasília, não tem
conhecimento técnico para conduzir o país, nos moldes de uma administração
proba e transparente. Então, destruir a reputação das amarras que prendem o desperdício e a desonestidade é a única forma
de desviar a atenção do eleitorado.
Campos Neto
O economista sabe, que se soltar as rédeas, o
Banco Central irá ser conivente com o desequilíbrio fiscal e com a retomada da
corrupção no governo. Consciente do que está fazendo, o Presidente do banco é a
última barreira para a total destruição econômica do país. Gerar um impulso
momentâneo na economia, seria fundamental para a sustentação política do grupo
que hoje comanda o Planalto. Os efeitos desta alavancagem, seriam de curto
prazo, cerca de doze meses ou menos. Logo em seguida a inflação viria galopante
e a recessão se implantaria, tornando o final do atual mandato um caos político
e econômico.
A batalha interna pelo poder, não se interessa pela condução
de uma política econômica austera e duradoura. Os grupos políticos que ali se
envolvem, sabem que a janela de poder é curta e que já dá sinais de estreitamento.
Quem olhou para esse momento da política acreditando que seria uma oportunidade
de retomada do poder, calculou sobre variáveis tortas e imprecisas. O grau de conscientização
e politização do eleitorado é uma nova componente que complica o cenário de poder. A
pressão sentida pelos parlamentares em suas bases, atingiu um grau de
proximidade, que impede manobras mais arriscadas de bastidores. A rapidez com
que as redes sociais permitem a reação do eleitorado, derruba narrativas e falácias
como um lutador de ringue, um único soco e a manobra vem a knockout.
Por um punhado de moeda
Por traz destes movimentos sobre a política de juros
conduzida pelo BC, temos o “mercado”. Recheado de rentistas, o Brasil sempre
foi o reino da preguiça, ganhar dinheiro estando em uma praia é muito mais
interessante do que estar preso a uma sala, no pátio de uma indústria ou na
cabine de uma colheitadeira. Com esta
perspectiva, os donos do dinheiro, não se preocupam com austeridade por parte
do governo. Um governo perdulário, agrada o tolo e inocente com seus programas
de “amparo social” e irriga o mercado de títulos públicos, cada vez mais caros
ao financiamento. Juros altos e, mais gastos em socorro social, são a receita perfeita
para as ideologias de massa. Nenhum “pai austero” foi popular na história. O
mundo sempre reverencia os fanfarrões. Ninguém gosta de recolher o lixo de
festas, mas todos chegam na hora do champagne. Que Campos Neto seja o último
dos moicanos e resista em sua trincheira até que possamos restabelecer a ordem
no galinheiro.
